Jamais saberei se estás em minha idade: um inapelável sessentão. Ai, tantas pedradas, quantas notas em dó, muito vinho avinagrado na garganta! Fumando umas coisas, víamo-nos uns nos outros e nos relacionávamos com a natureza, entre Pink Floyd, Charlie Parker e Joan Baez. Nem posso adivinhar, dileto leitor, em que ocasiões te bate a sensação de tempo perdido. Mas, se nunca o tens, não te felicito. O tempo nos pesa e haverá entre nós o liame irreversível de nos havermos estado no eito da mesma ponte: a loucura dos anos que passaram.
Cena de Koyaanisqatsi (1982), de Godfrey Reggio
Apresento-me. Sou da geração dos filmes de Godard. E os tínhamos sem renitência, pois não era de bom tom (e nem o queríamos) abandonar as sessões de cinema pela metade. Nem namorávamos a contento, alucinados pelos intermináveis planos-sequências, montagens descontínuas, gestos improvisos e diálogos etéreos, decerto em alegoria à fome no mundo, à injustiça e censura às liberdades individuais. Perturbadores eram os encontros com os amigos, taciturnos cinéfilos: “E aí, gostaste?” E respondíamos reverenciais e solenes: “Jean-Luc é o máximo!”.
Koyaanisqatsi (1982)
Vivi o drama de acostumar-me a mais essa dissimulação. Só depois alguém opinou que os franceses faziam filmes baratos, chatos e difíceis de entender, ou seja, de arte. E os louvávamos: era nossa reação ao imperialismo ianque e suas guerras. Os tais realizavam fitas caras e fáceis, ao gosto do povaréu. Alienados! – gritávamos com náusea. Apreciávamos o experimental, o aleatório, a película em branco e preto com o beneplácito da Nouvelle Vague e os Cahiers du Cinéma.
Koyaanisqatsi (1982)
Ufa, por quantas noites queimei tutano esperando Godot em ciclos de conferências sobre semiótica e estruturalismo, o desconstrucionismo e maquinações tais que reduziriam a zero os enigmas do mundo! Não me recordo [esqueci-me de dizer, estou numa praia] se foi Fellini quem escarneceu assinalando que, para se obter uma cena “de arte” bastava filmar uns minutos com a câmera fora de foco. Resultariam mechas de intenções, brumas de sentidos que instauravam uma aura vanguardista a questionar o establishment, enfim, obra aberta a vagas interpretações.
A trilogia
Viste Koyaanisqatsi? Era assim, filme-cabeça duma trilogia acachapante. Invertia o papel da música no cinema. Sorvíamos os acordes minimalistas de Philip Glass. Deslumbrei-me ao descobrir que o músico era taxista de Manhattan. Em Koyaanisqatsi (Life out of Balance), a mostrar o desequilíbrio da existência, nuvens em movimento anunciavam catástrofes, flores se abriam num átimo, alheias à ordem do mundo e à multidão que ia e vinha atormentada, como formigas em fim de outono.
Koyaanisqatsi (1982)
Tudo à contramão dos conceitos retilíneos e à aritmética inteligível das frases, na cadência do tempo que me pôs vincos no rosto e esta fatiga sexagenária. No solilóquio de agora, aqui, à beira do mar, o violão, o cigarro de maço e esta lua de ilusões. Ondeado pela confissão duma gesta de inúteis façanhas, mescla de heroicidade e agonia, em tedioso contato contigo, oh leitor.
O cronista naqueles tempos,
É tudo verdade,
tudinho.
tudinho.
Grande texto Romildo!
ResponderExcluirPena que o grande cinema está morrendo aos poucos. né? Mas vamos em frente que boas produções hão de jamais serem esquecidas.
Forte abraço!
Acabei de lê-la. Deliciei-me !! Parabéns !!
ResponderExcluirMarcia Regina Spolzino Porto
Mais uma vez venho ler e matar (saudades) com as viagens de Romildo.
ResponderExcluirRomildo sempre nos brindam com um "passado de presente" para nós.
Agradeço e me orgulho muito ter e ser amigo de Romildo, bons tempos.
grd abraço
Texto lindo! Belas recordações...
ResponderExcluirKoyaanisqatsi é fenomenal.
Nunca esqueço quando vc, em duas horas na noite antes, preparou uma palestra para uma semana de cipa da antiga telesp, sobre o amor nos tempos da aids, baseado em letras e sons das canções da época, letras que mudavam radicalmente o formato do romantismo pós/aids... tens o dom...fazer o quê... agradeço a Deus ter-me dado a sorte de ter vivido as coisas dos anos 50, 60, 70, etc... de poder trocar com pessoas tão qualificadas e sensíveis como vc... de ter encontrado vc nos tempos da cibernética social, dos grupos gestálticos de crescimento pessoal... de termos testemunhado a amizade ingênua e verdadeira entre tuas filhinhas e o meu filhinho... Então, quando vc escreve estas crónicas parece que consigo ler nas entrelinhas mensagens de comunhão... obrigado, amigo da'alma.
ResponderExcluirHugo Ramón Barbosa Oddone
Oi, Romildo, adorei, viu? Acabo ficando um pouco nostálgica, mas recupero o fôlego e acho muito bom ter vivido o que vivemos. Beijo.
ResponderExcluirMárcia Véscovi Fortunato
Um inapelável sessentão que traz consigo experiências acumuladas, dores e alegrias vividas, recordações e ensinamentos... um leque colorido de opções para relembrar e enfrentar o "tempo" com equilibrada saúde mental e física. Abçs e Bom fim de semana!!!
ResponderExcluirDrica Melo
Pensamento bonito!!! memória invejável!!! Me senti parte integrante desta sua confissão. É como se de alguma forma, eu tivesse participado desse seu mundo que vai da fronteira ao infinito...!!! Parabéns mestre!!!
ResponderExcluirClaudete Liberalli
Romildo
ResponderExcluirEmbora uma viagem pessoal no (seu) tempo, ela representa a viagem de toda uma geração, que hoje já ultrapassou os 60 anos.
Eu me incluo como passageiro nessa viagem que ainda vai dar muito o que falar.
Continue viajando pela sua memorável memória, porque todos os passageiros irão lhe agradecer.
Um forte abraço do
José Manoel de Aguiar Barros
Olá, Romildo
ResponderExcluirParabéns pela crônica, que nos remete ao passado com muitas recordações. O mais interessante dessas recordações é que, como você mesmo coloca no blog, "É Tudo Verdade".
Estou com saudade, precisamos nos rever.
Grande abraço do amigo Jacob
Romildo,
ResponderExcluirdelicio-me com seus textos. Acho que o 60 tão aí está melhor do que nunca... sobre o tempo eu costumo dizer que ele é mesmo um vilão... fazer o quê?!
saudades,
Pa
Parabéns mestre ... pena que hoje o que vale é se o filme vai render lucros aos patrocinadores e atrair um grande público, mesmo que seja para aplaudir e rir de coisas irreais e imbecis! Major Pedro Augusto
ResponderExcluirADOREI ROMILDO !!!
ResponderExcluirEli Buchala
Fantástica, como sempre!
ResponderExcluirMarcio Tadeu
Amigo Romildo vc cronicamente fazendo embaixada com as palavras, obrigado e gde abraço!
ResponderExcluirJoao Carlos Felicio Felicio
Linda crônica, Romildo.
ResponderExcluirProfessor, a cada dia seu texto fica mais bonito.Adorei seu jeito corajoso de falar da saudade que temos, todos nós,"daqueles tempos". E, por que não teríamos? Éramos imortais naquela época e as dores eram tão romanticamente encaradas, que nem doíam tanto.Bom ter gente como você que sabe exprimir tão bem o que tão bem sentimos. Grande abraço.Cidinha gratão Faconti
ResponderExcluirGostei muito da crônica Romildo Sant'Anna, ainda mais que é sobre um dos temas que me acompanha e do qual gosto muito, e desde infância, o tempo e o cinema. O tempo, veio depois, bem depois de ter alguma noção da idéia de tempo e de ter alguma vivência em pensamento, memória, cérebro, consciência e tudo mais. Mas o cinema, acredito que todos temos lembranças com os filmes que passaram por nós, ou que nós passamos por eles, tempo eternizado pela imagem. E me lembro de ver o filme KOYAANISQATSI na locadora Real Video, bem na última prateleira, meio perdido, meio esquecido, isso era no final dos anos 80, e sempre tive curiosidade desse filme, que até hoje ainda não vi. Já me falaram dele, assim como se falava de Godard, de Truffaut e toda trupe da Nouvelle Vaugue, eu ouvi sobre esse filme: - Nossa, é o máximo, e tudo mais... Senti que agora é a hora de assisti-lo, mesmo sem tempo para apreciar um filme, acho que chegou a hora. E com referência sua, não posso deixar de vê-lo, não é??? Abraços!!!
ResponderExcluirMarcelo Raduan
Romildo Sant'Anna Bacana. Parabéns pelo trabalho, sempre cuidadoso e fundo.
ResponderExcluirLuciano Alvarenga
Parabéns, já compartilhei!!!
ResponderExcluirDil Grande
Você sempre fantástico.
ResponderExcluirCristiane Araújo
Também assisti "Koyaanisqatsi"! Por essa e por outras recordações trazidas à tona, minha leitura também foi subjetiva... Obrigada por esse presente, Romildo Sant'Anna - e um excelente final de semana!
ResponderExcluirKarin Volobuef
Com a cara e a coragem....parabéns Romildo Sant'Anna.
ResponderExcluirKatia Topgian Rollemberg
De fato, é subjetiva, professor. No entanto, também é uma crônica confessional de geração. Belissimamente escrita e paradoxalmente privada e pública.
ResponderExcluirJoão Adalberto Campato Jr.
Li e, como sempre, adorei.Deixei um comentário no Blog.Fico sempre lisonjeada com a sua lembrança.Obrigada.
ResponderExcluirCidinha Gratão Faconti
Lindo Romildo.........isso é experiencia acumulada.....rsrsrsrsrs
ResponderExcluirClaudia Bassitt
Pena que não vi koyaanisqatsi, mas, sinceramente, Romildo sua crônica está o máximo...
ResponderExcluirMara Augusta Pessutti
Adorei a sua crônica-imagem Romildo!!! Obrigada pelo carinho da amizade. Beijo grande...
ResponderExcluirRoseli Arruda
Romildo, eu tbm sou amante dos filmes franceses! Parabéns pelo pelo texto-imagem! Como todos os seus textos, deliciosos de ler! Abraço e ótimo final de semana!
ResponderExcluirLuciana Teixeira
El portugués es un idioma mágico, Gracias, Romildo!
ResponderExcluir(Ai tantas pedradeas em dó,muito vinho avinagrado na garganta...)
Bruno di Benedetto
Koyaanisqatsi tão longe e tão perto. Tao!
ResponderExcluirPaulo Casale
Adorei seu blog. Luis Ribeiro
ResponderExcluirOlá, Romildo. Pra falar a verdade, nunca assisti a Koyaanisqatsi. Mas adoro Phillip Glass e seu minimalismo. Adorei a sua cronica e me deu vontade de afinal ver o filme. Um grande abraço.
ResponderExcluirMarta Pagotto
Olá Romildo,
ResponderExcluirtudo bem?
É sempre uma delícia ler suas crônicas. Esta, em especial encantadora, nos remete a lembranças comuns!
Obrigada e ótimo fim de semana para você também.
Beijo,
M.
Que delicia ler voce Romildo.Viajei no tempo!!!
ResponderExcluirTenha um domingo delicioso, e continue escrevendo
o que nos toca a alma .
Beijosss...
Sandra Chaves
Sr. Romildo Sant'Anna, as crônicas do sr, são especiais, com certeza, de grande nivel, sou seu fã.
ResponderExcluirClelio Jose de Oliveira
adorei,alias como todoas.bom domingo rita barbosa
ResponderExcluirAdorei seu blog.
ResponderExcluirTexto lindo! Belas recordações... Viajei no tempo!!!
Continue escrevendo para nos deliciar... Parabéns!
Sou sua fã.
Maria Rita
Querido Romildo
ResponderExcluirSempre gentil nos convidando a ler textos tão bons,
Seu texto me transportou para um momento muito bom de recordações.
Abraços Cecilia Cristina
Uma viagem no tempo, uma viagem para dentro. Nostalgia, saudades de um tempo vivido, de emoções sentidas... Tudo isso através de sua crônica e apesar de nunca ter assistido Koyaanisqatsi. Adorei.
ResponderExcluirAbraço
Rosa Maria Abrão
Bravo! Gostei da tua crônica, parabéns (!) e do refresco na memória! Na época que passou o revolucionário KOYAANISQATSI, assisti no cinema que era mesmo de costume, o que tinha de atípico era o próprio filme sem narrativa com uma musica boa num emaranhado de imagens da vida moderna nós colocando em cheque sobre nosso estilo de vida
ResponderExcluirBem o que dizer dos filmes enlatados de antigamente, mas era tão bom ...amo salas de cinema.. sempre...sempre..adorei , me deliciei nas suas saudades quase dementes mas a vida continua sempre...Paz amigo..adoro suas cronicas..
ResponderExcluirExcelente sua crônica...Transcrevendo algo que li e acho interessante: "Escrever é catarse,disfarce,para que a alma não se esgarce"...e acrescento à minha maneira como senti sua crônica: você fez um download em "time lapse"dos seus momentos vividos,da sua história retratada numa construção literária "copiosamente subjetiva e confessional"..Perfeita!!! e salve o bom cinema...
ResponderExcluirCidinha Gattaz
ROMILDO, como sempre suas crônicas nos remetendo conhecimentos e cultura,parabéns.
ResponderExcluirJose Carlos Ita
eu li Romildo. Muito bacana!
ResponderExcluirMarcelo Dias
Sempre espero suas cronicas amigo...amo tudo que vc escreve...Paz....
ResponderExcluirLuzia Bueno de Camargo
Você como sempre deixando um caldo de conhecimento para mim.. super indico!
ResponderExcluirFlavia Scanferla
Grande e querido professor Romildo Sant'Anna; seu blog é demais! Sempre tem uma ótima crônica para ler e meditar... Parabéns e continue sempre escrevendo; sou sua fã. Beijos. Excelente semana! Beijão para o Pedro também.
ResponderExcluirAline Suélen Iiachinsk
Belas recordações, parabéns Romildo! Bom domingo, bjs
ResponderExcluirRita Arruda
saudades daqueles anos, Romildo Sant'Anna... Maria De Fatima Dias
ResponderExcluirO jeito re escrever tudo!
ResponderExcluirAline Alencar
Mestre Romildo!,nossos olhos e ouvidos absorvem as belas cronicas que o senhor nos presenteia.passado e presente se fundem em uma história,e o senhor fala de uma forma tão clara,e bela,continui assim ,agradeço pelo senhor ter sido meu mestre.bjs
ResponderExcluirSonia Maria Rossi
muito bom
ResponderExcluirChiquinho Ovidio
sabe que sou sua fã néh...adoreiii, bjsss
ResponderExcluirDaniela Hortega
ME DELICIO COM SUAS PALAVRAS! SOU SUA FÃ!!!!
ResponderExcluirZelia Christina Rbraz
Realmente parece que tivemos no passado a melhor fase de muitas coisas principalmente a do cinema. Porém temos que aceitar que nada é estático,tudo está em constante movimento, às vezes mudam pra melhor outras pra pior.O importante é que estamos aqui assistindo a tudo e nos maravilhando com textos ricos e bem escritos e digo mais, tendo o autor como amigo, isto é o máximo.Parabéns Romildo você é importante para a nossa cultura!
ResponderExcluirGenial, mestre Romildo Sant'Anna ! E, sim, é tudo verdade. Tudinho.
ResponderExcluirGisele Sayeg
Sim, Romildo, eu vi Koyaanisqatsi... Tenho até o elepê!!! Esses dias procurei o DVD na internet prá comprar e não achei... Quem souber onde tem me indique, por favor, é caso de nostalgia. Bom, de qualquer forma, parabéns pela crônica, meu amigo!!! Muito boa...
ResponderExcluirMarcos Caetano
Caro Romildo,
ResponderExcluirMuito boa a sua crônica. Gostei!
Com o afetuoso abraço do
Durval de Noronha Goyos Jr.
Caríssimo Romildo,
ResponderExcluirVocê é uma referência para nós todos. Sua cultura deixa-me "complexado". Seus conhecimentos são admiráveis e produzem um efeito multiplicativo intenso. Tenho muito orgulho em ter sua preciosa amizade.
Abraços
Domingo Braile
Prezado amigo .
ResponderExcluirQue bom que lembras de mim ! Seu texto maravilhoso lido nesta manhã me faz bem . Viajo um pouco para outras paragens ... Saio do concreto e sonho ! Parabéns e obrigada , por me fazer sonhar !abraços . saudades
Mariade Fátima Mimessi
Romildo obrigada por seu texto. Gosto muito de suas produções, parabéns!
ResponderExcluirMarcela Rodrigues
Há quanto tempo, hein rapaz!
ResponderExcluirMas continuas afiado, belo texto...
Próximo da “sessentabilidade”, me sinto cada vez mais anos 70.
Grande abraço
Paulo Rezende
Adorei! Obrigada!
ResponderExcluirBjs
Romildo, estou relendo. Adiantando, gostei da ligação com Godot.
ResponderExcluirSalve a contemplação existencial.
Moacir Alves Borges
Obrigada, Romildo Sant'Anna, por mais essa leitura. Adorei!
ResponderExcluirKarin Volobuef
Como sempre...tudo muito verdadeiro e muito bem colocado!!
ResponderExcluirQuanta gente fazia de conta que estava entendendo tudo e fazia a gente se sentir como o cachorrinho que caiu da mudança.
Obrigada por você existir na minha vida. Obrigada por você me mostrar o cinema oriental. Hoje sou fã incondicional!!!!
O melhor da crônica é aquela sua foto de bigodinho...acho que por esse motivo que o seu pensamento chega em mim, porque o meu está sempre chegando em você..
Um beijão
Elisete
Parabens ,como sempre maravilhoso...
ResponderExcluirMuito obrigada por ter esse privilegio ...
Um beijo ...
SORAIA ORLANDINO...
Querido Romildo, que encantamento ler seus escritos...Ser remetida ao tempo da imagem/voz...hoje as imagens não tem traduzido com perfeição o que a voz não diz...Os olhos deixaram de ler os sentimentos traduzidos...Valeu!
ResponderExcluirMarilena Estrella Facuri
Romildo, sabemos que você folheia as páginas da vida e as reescreve de um modo único, com sensibilidade máxima e generosidade imensa; e agora vejo que não é diferente com os fotogramas dessa mesma vida, que restam na nossa lembrança pálidos e fora de sequência como num sonho, mas aos quais dás alguma ordem (não muita, que não é bom) e emprestas um sentido muito teu, singular, mas de uma singularidade generosa, feita para ser dividida e se tornar plural por obra e arte dessa tua moviola regateira.
ResponderExcluirBeijão, Romildo, e obrigado sempre!
p.s.: Parece que vejo você, na sua casa, pondo na vitrola o disco do Phillip Glass com a trilha do Koyaaniskatsi. Muito depois é que vi o filme do Geofrey Reggio, na TV Cultura, e me lembrei, claro, de você. A vida é uma sessão corrida de filmes bons e ruins, mas o que vale é a companhia dos amigos.
Cara, bom dia!
ResponderExcluirAdorei sua crônica, foi uma viagem fantástica.
Que bom poder me embebedar desses sonhos do passado.
Abraço, Cyrineu
Que bom te ler, meu irmão. Obrigado.
ResponderExcluirBeijão,
Ivan Vilela
Acabei de ler. O Romildo Sant'Anna escreve divinamente. Dá até vontade de viver a época, os filmes, tudinho...
ResponderExcluirFlávia Letícia de Souza
Parabens ...muito obrigada pelo privilegio em te-lo como meu amigo...ameiiiiii suas cronicas-imagem...bjs
ResponderExcluirSoraia Martins Orlandino
Querido Romildo
ResponderExcluirSempre gentil nos convidando a ler textos tão bons,
Seu texto me transportou para um momento muito bom de recordações.
Abraços
Cecilia Marques Dos Santos
Que bom Romildo, termos uma história. Gostei muito, me remeti há tempos... de descobertas, de luta, de dor, de amor e compromisso. Jovens são tão tolos, corajosos e belos! "Sessentões", lembranças e igualmente belos. Histórias que se seguem e fazem parte da vida de cada um.
ResponderExcluirUm grande abraço. Pode alimentar sempre minhas lembranças, viu?
Vera P. Nicoletti
Gostei muito parabéns!!! Bj.
ResponderExcluirLucia De Fatima Torres
"Mestre Romildo, arrasa sempre! Adoreiiiii, obrigada. Bjus e boa semana.
ResponderExcluirP.S: Me passa uma lista de livros obrigatórios para a humanidade, rsrsrsrs. Preciso de cultura!!! bjss
Isabela Helou
gostei do lírico texto.
ResponderExcluirparabéns.
abraço,
oscar
d'ambrosio
É difícil não gostar do que voce escreve. Uma semana produtiva a voce e no acordo de sua próxima cronica . Maria Isabel Costa Verona
ResponderExcluirGrande Romildo, que honra ser lembrado! Adorei a densidade da crônica-imagem e estou completamente transbordado de felicidade por participar de tais pensamentos, tão importantes para o futuro.
ResponderExcluirTodo o mundo deveria ler sua crônica e estudar suas minúcias, pois a arte parece estar esquecida hoje em dia. Estou instigado e louco para fazer um plano sequência fora de foco... Um não, muitos. Quero muito assistir essa trilogia e já estou pesquisando, preciso disso. Tudo de melhor, sempre.
Abração
Zelé Volpato
Parabéns Romildo! Fiz um comentário no seu blog. Eu, é que fiquei feliz com sua lembrança. ...Romildo, vc é u/a referência para todos nós. Sua cultura é impar! ....Tenho mto orgulho de fazer parte do seu rol de amigos/as! Um forte abraço e fique com Deus!
ResponderExcluirMarilza Carvalho
Ótima leitura neste dia chuvoso, fresquinho. Vc é pura cultura.
ResponderExcluirLeda Nascimento
ADOREI! Parabéns! Delicia de leitura!
ResponderExcluirSilvia Trevisan
Parabens Romildo ! Adorei ! Linda cronica !
ResponderExcluirJeanne Gantman
Parabéns , gostei muito, bjs
ResponderExcluirTheresa Guimaraes
Neste mundo de 15 minutos que dura uma fama,e de lembranças de 24 horas aonde a mudança de um canal se apaga uma memória.Sinto saudade da época em que éramos ricos,de filmes e músicas de qualidade..e ainda tive o prazer de assistir neste mês Incêdios(canadá/França) ainda bem que temos nossas lembranças...
ResponderExcluirCleo Dario
Vc é excelente Romildo. Parabéns!!!!
ResponderExcluirJoelma Caparroz
Querido Romildo, que encantamento ler seus escritos...Ser remetida ao tempo da imagem/voz...hoje as imagens não tem traduzido com perfeição o que a voz não diz...Os olhos deixaram de ler os sentimentos traduzidos...Valeu!
ResponderExcluirMarilena Estrella Facuri
Oi Romildo ! Adorei a cronica -imagem ! Lindo texto ! Abraco
ResponderExcluirJeanne Gantman
Como sempre ótimo texto, obrigada por compartilhar...uma ótima semana pra vc, beijo.
ResponderExcluirRadigi Droubi
Jacqueline Luzardo comentou seu link.
ResponderExcluirDefinitivamente Romildo...tus escritos me cultivan y me hacen conocer cosas que nunca había conocido...Imagino que la añoranza y la melancolía de años pasados a todos nos aluden en algún momento y nos remontamos a la hermosa sensación de haber vivido lo que vivimos !!! Muchísimas gracias, que tengas un lindo día !!!
Jacqueline Luzardo
ADOREI A SUA CRÔNICA, AMIGO... PARABÉNS !!!!!OBRIGADA PELA LEMBRANÇA... TENHA UMA QUARTA-FEIRA COM MUITAS BENÇÃOS.... BJSSSS
ResponderExcluirAna Maria Andreolli
Romildo, com você voltei no tempo e revivi um dos mais originais e empolgantes momentos da História do Cinema - Koyaanisqatsi (1982) e tb o relançamento do Festival Nacional de Teatro de nossa cidade.
ResponderExcluirObrigada por este momento.
Mara Lima
Tedioso, jamais, amigo... sempre instigante. Ainda mais com aquela foto-epílogo roliudiana!!!
ResponderExcluirJúlio Cezar Garcia
Li...adorei Romildo.....mas embaralhei minha cabeça com nomes diretores e paisagens que eu mesma fui formando...eheheheheheh bjssss
ResponderExcluirCida Pasqualon
Olá Romildo,
ResponderExcluirADOREI!!!!!
Denise Carvalho
Obrigada ! Excelente !!! Ótima semana para você também !!
ResponderExcluirLigia Maura
Amigão. Maravilha te seguir!!!!!!
ResponderExcluirVitor Hugo Zenezi Longo
Obrigado, sr. Sant' Anna, seus pensamentos e reflexões são da mais alta valia para todo aquele que aprecia o texto crítco e ao mesmo tempo criativo. Terei prazer em acompanhar assiduamente seu blog.
ResponderExcluirRafael Maraca
Que ótimoooo Romildo... como sempre... e cada vez melhor! Adorei as lembranças... MUITO BOM! Estou compartilhando ..... saudades, beijo!
ResponderExcluirLaine Carvalho
Não só gostei, como me identifiquei. "E os louvávamos: era nossa reação ao imperialismo ianque e suas guerras." reagíamos de alguma maneira.
ResponderExcluirEdra Moraes
Oi Romildo, eu li agora a pouco a sua crônica, muito bacana. Sempre gosto muito do que voce escreve. Qdo vc fala de filmes me lembro do meu amigo Jefinho (Jeferson Matos) tbm amigo do Re inaldo Volpato, de qdo morei em SP por aguns anos. Sempre q tinha algum filme bom ele me avisava e a gente ia assistir. Valeu Romildo, um grande abraço.
ResponderExcluirMarco Aurélio Breseghelo
OBRIGADO PELO LINK AMEI .VAMOS SER BAOS AMIGOS SE DEPENDER DE MIM SEJA BEM VINDO BJOSSSSSS
ResponderExcluirMara Souza
Lindas as suas crônicas, Romildo. Vi-as em seu Blog, viu? Não precisamos dizer que escreve bem, não é? Todo mundo sabe! Boa noite e até...
ResponderExcluirLoreni Fernandes Gutierrez
Romildo, querido Romildo, sabes que prefiro os Avatares a estes chatos e equivocados franceses- ignorantes das coisas do espírito- do século passado.
ResponderExcluirFLIP mes que vem. Venha. Te hospedo. Sem luxo, com carinho.
Velloso.
Excelente crônica, Romildo. Parabéns! Go on!
ResponderExcluirTereza Bilia
Muito boa essa postagem adorei!!! Tenha um ótimo domingo.
ResponderExcluirMarcela Jorge Drubi
Meu amigo Romildo. A exasperação maior era termos que fazer "cara de conteúdo" diante da inevitável pergunta: "e aí, gostou?"
ResponderExcluirTua crônica, como sempre, não poderia refletir melhor essa fatal "dissimulação" por que passamos naqueles dias de combate aos "imperialismos" e às "alienações".
Continuas o mesmo, meu amigo: brilhante, como sempre! Um grande abraço.
Jesus
Romildo Sant'Anna, boa tarde!!! É cansativo sempre dizer que gosto muito das suas colocações, tão reais, que por um momento minha mente foi remetida " à beira do mar, o violão, o cigarro de maço e esta lua de ilusões." Grande abraço e ótima semana!!!!
ResponderExcluirSivia Regina Hage Pachá
Excelente texto, parabéns.
ResponderExcluirRoberval Melhado Braga
Ai, tantas pedradas, quantas notas em dó, muito vinho avinagrado na garganta! ! Linda sua crônica,amigo...como sempre.É isso aí!Parabéns,você merece!
ResponderExcluirMarta Mazzotta
Olá Romildo, acabei de ler sua recente crônica. E fica em nossa memória o que passou e nunca é esquecido, mas ... nem sempre é possível lembrar, então chega uma pessoa como vc, que não nos deixa esquecer....RECORDAÇÕES....! Fico pensando entre esse passado e o presente, são sensações estranhas, quando observo que cada pessoa precisa de um resgate.
ResponderExcluirRenata Montenegro
Sem comentários...
ResponderExcluirAdorei,texto inteligente e criativo.
bj da mara martucci
Grande Romildo Sant'Anna, abraços,
ResponderExcluirMussarela Carlos de Souza
Belíssimo texto, meu caro Romildo Sant'Anna. Embora a superficialidade e o imediatismo sejam a bola da vez, o Cine Eldorado, em Rio Preto, nos acalenta. Objetiva nele.
ResponderExcluirabs by Fabio E. Monteiro
Sempre muito bom passar por aqui, Romildo, reflito e aprendo deveras.
ResponderExcluirLiberato Caboclo
ResponderExcluirQuem tem mais de cinquenta anos não pode deixar de ler a última crônica do Romildo Santana.Em uma análise serena e sintética ele nos mostra como é difícil para a minha geração(e a da dele),renunciar ao valor criativo da nossa maturidade juvenil e ser obrigado a desdenhar de um presente copiador caricato.Grotesco o jogo do berço na escadaria dos Intocáveis ,comparado à plasticidade so Encouraçado Potekin.Às vezes tenho a impressão que as apostilas ganharam do livro-texto.Uma arte prét-a -porter.Você a consome em série.Ela já vem pronta.Refletir ,raciocinar é cafona.A cultura atual é um grande cursinho vestibular.Nada deve ser entendido,tudo deve ser deglutido in
natura.Como nos alertou Markuse,o pós moderno fundiu o ideal com o real.Não deixem de ler.Por favor,não é saudosismo.Nós gostamos da boa arte atual.A geração atual não liga.Quem ouve o Iamandu?A nossa geração.
Belíssimo texto, meu caro Romildo Sant'Anna. Embora a superficialidade e o imediatismo sejam a bola da vez, o Cine Eldorado, em Rio Preto, nos acalenta. Objetiva nele. abs by Fabio E. Monteiro
ResponderExcluirOlá Romildo,
ResponderExcluirComo sempre...brilhante! parabéns!
Muito interessante o recurso crônica-imagem, fico curioso de imaginá-lo tendo como roteiro outros temas. Lembrou imagens de disparos sucessivos de memórias de quantum de inconscientes coletivos de fogos de artifício de reveillon.
Sensacioqatsi!! Abs, Renan.
Rô, vc é o máximo!!!Bjosss
ResponderExcluirBia Lourenço
Adorei o blog, vc indicou a pessoa certa. Sou viciada em blogs de tipos diferentes. Tenho um sobre cinema, moda e afins http://www.girafaantenada.blogspot.com.br/ . Também espero que goste. Bjão
ResponderExcluirJulia Alcântara Ferraz
Meu dileto amigo Romildo, custei mas acabei localizando sua cronica confessional que voce com sua proverbial sinceridade relata e condensa, em poucas linhas uma emociante historia de vida que ja dura sessenta anos É dificil para qualquer observador encontrar motivos para entender porque muitos,inclusive eu, gosto de quando em vez, de percorrer com muita emoção a ladeira da memoria. Só que voce conseguiu com muita habilidade definir numa sintese inteligente as aventuras ásperas e dificeis.alegres e promissoras de cada etapa e que na soma dos resultados, gerou um um genio da literatura. Gostei Romildo, voce é um cara de coragem e de muita sabedoria. É a marca do talento que ja nasce com o aceno do sucesso. O meu abraço de admiração.
ResponderExcluirAlexandre Ismael
Oadorei ......otima semana pra vc tambem...
ResponderExcluirCleotildes Da Silva Oliveira Conejo
Spectacular! I've just read 'É tudo verdade' and I felt like I was boargind an epic train, riding through the wonders of those times. Congrats.
ResponderExcluirPérsio Marconi
Olá Romildo, adorei o blog e com certeza vou continuar curtindo.bjs.
ResponderExcluirFelipe Zanirato
Obrigado mestre Romildo, é um prazer compartilhar com seu trabalho e principalmente com sua amizade. Deus o abençoe, abçs.
ResponderExcluirVaelsom Taveira Ferraz
é com muito mas muito prazer que conheço nestas linhas internáuticas uma pessoa que por tanto considero e que de tanto adorei o livro a moda é viola ahahha meus parabéns e é uma honra eterna prazer espero poder um dia conhecê-lo pessoalmente abraços
ResponderExcluire sucesso
Alexandre Dire
delícia de texto romildo......
ResponderExcluirjuny kp!